Para começar, vamos lembrar de um bom e velho acordo: nada aqui é solução mágica, ok?
Gosto sempre de ter em mente que crianças são únicas e diferentes, e o que funciona para uma, pode não agradar tanto outra. Por isso, talvez a principal “dica” seja: olhe para a sua criança.
Dito isso, vamos a teoria dos “5 ‘S’ ” para acalmar os bebês.
Ela foi inicialmente pensada pelo pediatra Harvey Karp, pensando na exterogestação: recriar características básicas da vida do bebê no útero.
Vamos conhecê-las?
1.”Side” – Colocar o bebê de lado, no colo dos pais.
Os bebês estavam acostumados a “flutuar” dentro do útero, e ficar muito tempo em contato com uma superfície mais rígida (como acontece quando ficam de barriga para cima) pode incomodá-los.
(Atenção, lembrando que para dormir, a posição mais indicada continua sendo com a barriga para cima.)
- “Sugar” – Estimular a famosa sucção não nutritiva, tão importante para os pequenos.
No útero, eles estavam acostumados a sugar mãos e dedos; isso os ajuda a relaxar. Pode ser o seio materno (recomendo leitura do post “tem problema chupetar o peito”), ou a própria mão do bebê, mas não recomendo – aliás desencorajo fortemente, as chupetas;
3.”Swaddle”, que significa enrolar o bebê como charutinho, para que seus braços e pernas fiquem juntos, simulando a posição no útero.
Alguns recém nascidos podem não gostar de ficar contidos, enquanto outros se acalmam com a posição – olhe para o seu filho e veja o que ele está lhe dizendo;
4.“Swinging”, que seria a movimentação – balançar e alternar de posição com o bebê.
Durante a gestação eles andavam o tempo todo com a mãe, por isso mantê-los em movimento costuma ser uma boa forma de acalmar;
5. “Sh shh shhhh” Isso mesmo, quase um sussurrar.
Reproduzir esses sons, de forma ritmada e combinada com a leve movimentação da criança reproduz o ambiente do útero, onde o bebê ouvia os barulhos internos do corpo materno (nesse caso, estamos simulando o som da artéria aorta da mãe, que fica próximo ao bebê). Podem funcionar também os famosos “ruídos brancos”, que levam em consideração os mesmos princípios.