Essa é uma frase que toda mãe já deve ter ouvido, e ela pode vir de diversas fontes, e com um monte de justificativas embutidas.
Quais costumam ser os principais receios de deixar a criança sugar o seio?
Vamos conhecer
- “Ele vai se acostumar a ficar toda hora no peito“
R: E qual é o problema disso? Precisamos entender que a criança, especialmente o recém nascido, não é um adulto em miniatura. É um ser humano em formação, com necessidades muito particulares, que envolvem muito mais do que a lógica “comer para matar a fome’.
A amamentação é muito mais do que alimento, ela exerce um dos principais fatores de maturidade emocional do bebê, não só pelo vínculo com a mãe, mas pelo conforto e segurança que envolvem o movimento de sugar. Em maternidades e unidades neonatais, usamos o termo “sucção não nutritiva”, justamente para esses casos em que a sucção não é para fins de alimentação, mas para conforto e bem estar do bebê.
2. “Ele vai se cansar de sugar e pode perder peso”
R: Bebês são “programados” para mamar. Dito isso, vamos fazer o exercício de olhar pela ótica da natureza para buscar respostas assim. Vejam só, faria sentido algo tão natural quanto a livre demanda – que significa o bebê mamar quando quiser, por quanto tempo quiser, trazer algum risco para a saúde da criança? Certamente não.
Bebês que estão perdendo peso precisam ser avaliados pelo pediatra para identificar as possíveis causas, normalmente relacionadas a problemas na amamentação (técnica ou pega incorretas): mas a sucção não nutritiva não é uma delas.
3. “Vai deixar o bebê dependente”
R: Gente, bebês são dependentes. Inclusive, são os filhotes mais dependentes de todos os mamíferos. Deixá-los o máximo de tempo possível perto dos seus pais, nada mas é que a própria natureza se regulando. Recém nascidos ficam calmos quando em contato com o seio materno: podem sentir o calor do corpo, ouvir os batimentos cardíacos, sentir o cheiro do leite e da mãe. Não há nada de errado com isso.
Já ouviu algum palpite desses? Me conta aqui.